sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um ano de saudade





Pai,

Há um ano tu nos deixaste... e, ainda hoje, a saudade dói como se tivesses acabado de partir. Talvez até mais, pois, com o tempo, vem a certeza de que, realmente, não estás mais com a gente. Que não foi só mais uma viagem e logo estarás em casa outra vez.

Quando crianças, temos medo de perder nossos pais, pois sabemos o quanto dependemos deles. Quando crescemos, e também nos tornamos genitores, achamos que estamos preparados e que a perda dos pais já não será tão sofrida. Pura ilusão... dói muito, pai querido!

Pensamos em ti todos os dias, sonhamos contigo, lembramos de ti em várias situações, umas engraçadas - eras uma pessoa de bem com a vida -, outras nem tanto - também tinhas teus momentos de mau humor em que “teu bico” te denunciava e, assim, já sabíamos que tínhamos de tomar cuidado, pois não estavas pra graça. Não importava quem ou o que havia te tirado do sério, todos “pagavam”. Parecias uma criança emburrada. Quanta saudade!

Como tu mesmo dizias, “a morte é a única certeza que temos na vida”. Infelizmente, apesar disso, é muito difícil estarmos preparados para ela. Só mesmo com fé em Deus, que tu e a mamãe nos fizeram conhecer desde pequenos, podemos entender e aceitar essa separação. Sabemos que estás bem, pai, pois tua caminhada foi feita com muita dignidade, integridade, amor e respeito ao próximo, à família e à mamãe, que escolheste para ser tua companheira até o fim.

Ficamos, então, com o teu exemplo, a saudade e a esperança de um dia voltarmos a nos encontrar...

Com amor e respeito,

Marlia Ferrari

(09/02/2012)

Despedida





PAI...
Hoje me despedi de ti, não sei quanto tempo ficarei sem te ver novamente, que Deus tenha misericórdia de mim e me de a honra de no céu te encontrar.
Aqui, meu paizinho, fica a saudade, a solidão, a dor de não te ter mais ao nosso lado com tua serenidade, teu carinho, tuas palavras sempre tão sabias e amorosas.
Mesmo crescida, quando estava ao teu lado me sentia uma criança ao receber teus gestos tão carinhosos de quem me acolhia sabendo o quanto ainda precisava de ti...
Foste em vida um exemplo de dignidade pra mim e para meus filhos, que tiveram em ti um avo-pai, que buscava na escola, brigava quando faziam tolice, e acarinhava nas horas difíceis...
Pode descansar em paz, meu paizinho, no aconchego do Sagrado Coração de Jesus e sob o manto de Nossa Senhora, que nos fizeste conhecer desde pequeninos, pois a tua missão foi cumprida com muita, mas muita dignidade.
Te amo pra sempre, meu paizinho!!!

Marlia (tua Preta), Becca (tua Porcariinha) e Nan.

Roma-IT, 12/02/2009