Pai,
Há um ano tu nos deixaste... e, ainda hoje, a saudade
dói como se tivesses acabado de partir. Talvez até mais, pois, com o tempo, vem
a certeza de que, realmente, não estás mais com a gente. Que não foi só mais
uma viagem e logo estarás em casa outra vez.
Quando crianças, temos medo de perder nossos pais,
pois sabemos o quanto dependemos deles. Quando crescemos, e também nos tornamos
genitores, achamos que estamos preparados e que a perda dos pais já não será
tão sofrida. Pura ilusão... dói muito, pai querido!
Pensamos em ti todos os dias, sonhamos contigo,
lembramos de ti em várias situações, umas engraçadas - eras uma pessoa de bem
com a vida -, outras nem tanto - também tinhas teus momentos de mau humor em
que “teu bico” te denunciava e, assim, já sabíamos que tínhamos de tomar
cuidado, pois não estavas pra graça. Não importava quem ou o que havia te
tirado do sério, todos “pagavam”. Parecias uma criança emburrada. Quanta
saudade!
Como tu mesmo dizias, “a morte é a única certeza que
temos na vida”. Infelizmente, apesar disso, é muito difícil estarmos preparados
para ela. Só mesmo com fé em Deus, que tu e a mamãe nos fizeram conhecer desde
pequenos, podemos entender e aceitar essa separação. Sabemos que estás bem,
pai, pois tua caminhada foi feita com muita dignidade, integridade, amor e
respeito ao próximo, à família e à mamãe, que escolheste para ser tua
companheira até o fim.
Ficamos, então, com o teu exemplo, a saudade e a
esperança de um dia voltarmos a nos encontrar...
Com amor e respeito,
Marlia Ferrari
(09/02/2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário